segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Infinito enquanto dure

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.

Quero vive-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angustia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

2 comentários:

Hannah disse...

Muito bonito. Posso saber de quem é?

Pipas disse...

Olá Hannah: É de Vinicius de Moraes e chama-se Soneto de Amor Eterno.